Parmênides ou Heráclito?
Parmênides ou Heráclito? Sim, se você já ouviu falar deles, deve saber o por quê da pergunta; mas se não sabe quem foram estes filósofos pode estar um pouco confuso ou curioso para saber o por quê da pergunta, ou não?
Pois bem, logo de cara quero que saibam a resposta: Heráclito!
Heráclito de Éfeso, viveu por volta de 500 a.C., seus escritos foram citados por Platão e Aristóteles. Suas ideias eram de difícil compreensão pois falava usando charadas, era conhecido como "o Obscuro". Tinha poucos amigos e poucos discípulos, pois era muito crítico, morreu solitário aos sessenta anos.
Pois bem, não foram por estas características que o escolhi, mas por suas ideias, vamos a elas: "tudo está em mudança e nada permanece parado" - "não se pode banhar-se duas vezes no mesmo rio".
Há um movimento natural em tudo - quando entramos num rio somos uma pessoa e as aguás daquele rio passam, quando voltamos já somos outra pessoa (nossas células se multiplicaram e morreram - renovaram-se, não somos os mesmos) e as águas do rio - são outras, não aquelas mesmas de antes. Há um movimento em tudo e em toda a parte, até mesmo no estado psíquico-emocional de cada um - hoje já não somos os mesmos de ontem.
Leia agora essa: "o mesmo é em nós vivo e morto, desperto e dormindo, novo e velho, pois estes, tombados além, são aqueles e aqueles de novo, tombado além, são estes" - nossa!
E esta: "os homens não compreendem como o divergente consigo mesmo concorda; harmonia de tensões contrárias, como de arco e lira".
Bem, são apenas fragmentos - mas perceba que para Heráclito somente se atinge o equilíbrio por meio da complementaridade entre os opostos, a qual ele chamou de Logos.
Para Heráclito o universo está em um estado de fluxo constante, de intensas transformações, em uma perpétua mutação.
Já para Parmênides (515-450 a.C.), toda mutação é ilusória, pois não acreditava na transformação. Para ele a realidade é imutável, estática. Como um racionalista, concluiu que a resposta não se encontrava na perpétua mutação, mas sim em sua ausência, ou seja, na plenitude estática do Ser. Para ele e seus seguidores o movimento ou a mutação são impossíveis, uma ilusão dos sentidos.
Lembro-me de minha aula de Filosofia na faculdade, quando nosso professor perguntava olhando para uma cadeira: "o que é isto?" Alguns respondiam: "é uma cadeira"! Tal resposta se junta ao pensamento de Parmênides de que a coisa é - imutável. Mas se a resposta fosse dada por Heráclito, ele diria: "está sendo uma cadeira". Aquilo que estamos vendo não é uma cadeira, já foi madeira e metal, que moldados hoje formam aquela cadeira diante de nossos olhos. E pergunto: o que será esta cadeira amanhã? Não sabemos,
talvez vá para a reciclagem e tenha outras destinações.
Com isso, amigos, pensem no mundo no qual vivemos hoje. Após uma breve análise você concluirá que Parmênides influenciou a sociedade moderna, mas Heráclito reaparece nos pensamentos da sociedade pós-moderna.
Qual seria a tua resposta? Parmênides e a imutabilidade das coisas, gerando certezas científicas e grande dose de cientificismo, marca da modernidade, ou Heráclito com sua fluidez, dizendo que as coisas não são, mas estão sendo.
Não somos seres mortais, apenas no momento estamos sendo, pois mais além deste estado, já não o seremos.
O mundo que nos cerca tem suas matizes e está em constante movimento!
Escolha a tua (matiz) ou o teu (movimento)!
Pois bem, logo de cara quero que saibam a resposta: Heráclito!
Heráclito de Éfeso, viveu por volta de 500 a.C., seus escritos foram citados por Platão e Aristóteles. Suas ideias eram de difícil compreensão pois falava usando charadas, era conhecido como "o Obscuro". Tinha poucos amigos e poucos discípulos, pois era muito crítico, morreu solitário aos sessenta anos.
Pois bem, não foram por estas características que o escolhi, mas por suas ideias, vamos a elas: "tudo está em mudança e nada permanece parado" - "não se pode banhar-se duas vezes no mesmo rio".
Há um movimento natural em tudo - quando entramos num rio somos uma pessoa e as aguás daquele rio passam, quando voltamos já somos outra pessoa (nossas células se multiplicaram e morreram - renovaram-se, não somos os mesmos) e as águas do rio - são outras, não aquelas mesmas de antes. Há um movimento em tudo e em toda a parte, até mesmo no estado psíquico-emocional de cada um - hoje já não somos os mesmos de ontem.
Leia agora essa: "o mesmo é em nós vivo e morto, desperto e dormindo, novo e velho, pois estes, tombados além, são aqueles e aqueles de novo, tombado além, são estes" - nossa!
E esta: "os homens não compreendem como o divergente consigo mesmo concorda; harmonia de tensões contrárias, como de arco e lira".
Bem, são apenas fragmentos - mas perceba que para Heráclito somente se atinge o equilíbrio por meio da complementaridade entre os opostos, a qual ele chamou de Logos.
Para Heráclito o universo está em um estado de fluxo constante, de intensas transformações, em uma perpétua mutação.
Já para Parmênides (515-450 a.C.), toda mutação é ilusória, pois não acreditava na transformação. Para ele a realidade é imutável, estática. Como um racionalista, concluiu que a resposta não se encontrava na perpétua mutação, mas sim em sua ausência, ou seja, na plenitude estática do Ser. Para ele e seus seguidores o movimento ou a mutação são impossíveis, uma ilusão dos sentidos.
Lembro-me de minha aula de Filosofia na faculdade, quando nosso professor perguntava olhando para uma cadeira: "o que é isto?" Alguns respondiam: "é uma cadeira"! Tal resposta se junta ao pensamento de Parmênides de que a coisa é - imutável. Mas se a resposta fosse dada por Heráclito, ele diria: "está sendo uma cadeira". Aquilo que estamos vendo não é uma cadeira, já foi madeira e metal, que moldados hoje formam aquela cadeira diante de nossos olhos. E pergunto: o que será esta cadeira amanhã? Não sabemos,
talvez vá para a reciclagem e tenha outras destinações.
Com isso, amigos, pensem no mundo no qual vivemos hoje. Após uma breve análise você concluirá que Parmênides influenciou a sociedade moderna, mas Heráclito reaparece nos pensamentos da sociedade pós-moderna.
Qual seria a tua resposta? Parmênides e a imutabilidade das coisas, gerando certezas científicas e grande dose de cientificismo, marca da modernidade, ou Heráclito com sua fluidez, dizendo que as coisas não são, mas estão sendo.
Não somos seres mortais, apenas no momento estamos sendo, pois mais além deste estado, já não o seremos.
O mundo que nos cerca tem suas matizes e está em constante movimento!
Escolha a tua (matiz) ou o teu (movimento)!
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